O que é que o post anterior tem de bom?

É que finalmente comecei o 50 Shades of Grey. Conforme prometido, vou aqui falar e muito desta trilogia, evitando ao máximo os spoilers.

Antes de mais, congratulo-me por ter escolhido a versão original em Inglês. Soa-me que é tipo Harry Potter, em que o original está brilhante e a tradução brilhante...mente direccionada para pôr tudo e todos a fugir a sete pés do livro. Ontem li até à página 53 e fartei-me de rir. 

Para começar, já tenho uma imagem na cabeça da Anastacia Steele. Não correspondendo ao meu ideal de mulher, houve uma descrição dela que me fez pensar que se calhar até compreendo o fascínio. A amiga dela, por exemplo, parece-me muito mais traçável. Mais parecida com Passionata pelo menos. Depois, acho que a linguagem utilizada é brilhante. Estamos a falar de raparigas de vinte e poucos anos logo, não faz sentido escrever coloquialmente. Além de que não ia agradar ao público-alvo. No entanto, não é como a Morangada Açucarada ou como as outras Teen Soaps que andam por aí pela televisão portuguesa. Ontem ri-me não a gozar com o livro mas com a espontaneidade da personagem e com as semelhanças que encontro com outras personagens que gosto e já li.

O livro, pelas primeiras 53 páginas, parece-me bom. Não um clássico da literatura mundial, certamente não um livro para Prémio Nobel, mas pela amostra de ontem, é bem escrito, bem estruturado, tem uma história plausível e bem esgalhada se bem que claramente ficção e um pouco exagerada em determinados pontos. Mas isso o Harry Potter também tinha não era?

Ainda não cheguei a nenhuma parte porno-badalhoca. Para já, tudo muito correcto, muito clean e muito puro. Aguardam-se desenvolvimentos!