Um salário limpo de dois mil euros, em início de carreira, e rápida progressão salarial são as condições oferecidas.
A Bélgica procura portugueses para ocuparem os cerca de oito mil empregos disponíves para engenheiros e profissionais de Ciência e Tecnologia (C&T) que há nas empresas da região flamenca. "Só para engenheiros há cerca de três mil vagas, mas, se juntarmos os profissionais do sector da Ciência e Tecnologia, as vagas chegam às oito mil", explicou Gert de Buck, responsável pelo recrutamento internacional da agência de emprego da comunidade flamenga na Bélgica, ao Diário Económico. Dominar o inglês é o suficiente para concorrer a muitos dos empregos, mas depois convém aprender o flamengo. "Em muitas dals empresas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), o inglês é a língua comum", esclarece Ludo Froyen, reitor da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lovaina. E não faltam exemplos. "Há uma empresa, a IMICOR, que tem um centro de I&D com mais de 300 engenheiros de várias nacionalidades e todos falam inglês e todos os relatórios são feitos em inglês. Hoje as companhias não se preocupam com a nacionalidade dos trabalhadores, mas com a qualidade", acrescenta. Em termos de rendimento poderá contar com "um salário limpo de 1.800 a 2.000 euros no início de carreira, mais extras: carro, telemóvel e computador", assegura Ludo Froyen. Mas rapidamente se consegue ganhar mais, porque a profissão de engenheiro na Bélgica garante "uma progressão salarial muito mais rápida" do que outras áreas.
Porque está com dificuldade em preencher as vagas no sector das engenharias e tecnologias, a Bélgica decidiu começar a contratar em países onde há diplomados desempregados nestas áreas como Portugal, Espanha e Grécia. Para se candidatar a estes lugares pode enviar o seu currículo em inglês ou francês para Eures@vdab.be. Ou então contactar directamente as dezenas de empresas que vêm a Portugal participar na Feira de Emprego para engenheiros que se realiza nos próximo dia 10 e 11 de Maio, nas instalações do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). A iniciativa, organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, trará a Portugal dezenas de empresas que procuram engenheiros também da Noruega, Suécia, Reino Unido e Dinamarca.
"É a primeira vez que se realiza esta iniciativa, mas se tiver sucesso poderá ser repetida", sublinha o responsável pelo recrutamento internacional no instituto de emprego belga. Até porque o país precisa de mais 30% de engenheiros. A falta de profissionais nestas áreas está a provocar a deslocalização de empresas. "Há uma empresa belga que recentemente foi para China porque não conseguia encontrar engenheiros suficientes no país", sublinha o responsável pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. A taxa de desemprego nesta área é de 4%, muito abaixo da média nacional que se situa nos 10%. Também na Alemanha existe uma falta de engenheiros.
Muitas vezes, a dificuldade está em saber onde encontrar as vagas disponíveis nestes países. Para além das ofertas de emprego que poderá encontrar na rede Eures, há hipóteses de emprego no portal da Associação Europeia dos Estudantes de Tecnologia (Best) em best.eu.org.
Engenheiros portugueses com porta aberta para os mercados internacionais
Apesas de ser uma área com elevado empregabilidade, os efeitos da crise já se começam a sentir em Portugal. "Já há casos de desemprego e sub-emprego com salários mais baixos, por causa da paragem brusca da actividade de construção e com empresas a fechar" , sublinha Pedro Lourtie, professor do Instituto Superior Técnico, que coordena o relatório "Atrair estudantes para ciência, tecnologia e engenharia" do projecto Attract.
Este projecto foi criado por oito das melhores escolas europeias para atrair mais estudantes para as áreas de engenharia e tecnologias. Entrar num curso de engenharia ou tecnologia é abrir as portas para uma carreira internacional. "Quando não há emprego em Portugal, há sempre hipóteses no estrangeiro".
Ser engenheiro é uma profissão global que "abre a possibilidade de poder trabalhar em todo o mundo", afirma Mats Hanson da KTH na Suécia. Até porque "o inglês é a língua oficial dos engenheiros", sublinha.
Oportunidades
Um salário limpo de dois mil euros, mais carro, telemóvel e computador. São estas as condições oferecidas a um diplomado em engenharia na Bélgica,em início de carreira. E a progressão salarial é muito rápida, garante Ludo Froyen, director da Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. Esta escola quer aumentar em cerca de 30% os estudantes nos seus cursos e está a convidar estudantes portugueses a frequentar o 2º ciclo. Se vierem do IST entram sem qualquer limitação. Neste momento, já há 25% de estudantes estrangeiros neste nível de ensino, mas gostariam de ter mais. A propina é de 600 euros por ano, mais baixa que a cobrada em Portugal. A maioria dos estudantes consegue emprego mesmo antes de terminar o curso.
Fonte: Diário Económico
http://economico.sapo.pt/noticias/belgica-procura-portugueses-para-oito-mil-empregos_142589.html
A Bélgica procura portugueses para ocuparem os cerca de oito mil empregos disponíves para engenheiros e profissionais de Ciência e Tecnologia (C&T) que há nas empresas da região flamenca. "Só para engenheiros há cerca de três mil vagas, mas, se juntarmos os profissionais do sector da Ciência e Tecnologia, as vagas chegam às oito mil", explicou Gert de Buck, responsável pelo recrutamento internacional da agência de emprego da comunidade flamenga na Bélgica, ao Diário Económico. Dominar o inglês é o suficiente para concorrer a muitos dos empregos, mas depois convém aprender o flamengo. "Em muitas dals empresas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), o inglês é a língua comum", esclarece Ludo Froyen, reitor da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lovaina. E não faltam exemplos. "Há uma empresa, a IMICOR, que tem um centro de I&D com mais de 300 engenheiros de várias nacionalidades e todos falam inglês e todos os relatórios são feitos em inglês. Hoje as companhias não se preocupam com a nacionalidade dos trabalhadores, mas com a qualidade", acrescenta. Em termos de rendimento poderá contar com "um salário limpo de 1.800 a 2.000 euros no início de carreira, mais extras: carro, telemóvel e computador", assegura Ludo Froyen. Mas rapidamente se consegue ganhar mais, porque a profissão de engenheiro na Bélgica garante "uma progressão salarial muito mais rápida" do que outras áreas.
Porque está com dificuldade em preencher as vagas no sector das engenharias e tecnologias, a Bélgica decidiu começar a contratar em países onde há diplomados desempregados nestas áreas como Portugal, Espanha e Grécia. Para se candidatar a estes lugares pode enviar o seu currículo em inglês ou francês para Eures@vdab.be. Ou então contactar directamente as dezenas de empresas que vêm a Portugal participar na Feira de Emprego para engenheiros que se realiza nos próximo dia 10 e 11 de Maio, nas instalações do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). A iniciativa, organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, trará a Portugal dezenas de empresas que procuram engenheiros também da Noruega, Suécia, Reino Unido e Dinamarca.
"É a primeira vez que se realiza esta iniciativa, mas se tiver sucesso poderá ser repetida", sublinha o responsável pelo recrutamento internacional no instituto de emprego belga. Até porque o país precisa de mais 30% de engenheiros. A falta de profissionais nestas áreas está a provocar a deslocalização de empresas. "Há uma empresa belga que recentemente foi para China porque não conseguia encontrar engenheiros suficientes no país", sublinha o responsável pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. A taxa de desemprego nesta área é de 4%, muito abaixo da média nacional que se situa nos 10%. Também na Alemanha existe uma falta de engenheiros.
Muitas vezes, a dificuldade está em saber onde encontrar as vagas disponíveis nestes países. Para além das ofertas de emprego que poderá encontrar na rede Eures, há hipóteses de emprego no portal da Associação Europeia dos Estudantes de Tecnologia (Best) em best.eu.org.
Engenheiros portugueses com porta aberta para os mercados internacionais
Apesas de ser uma área com elevado empregabilidade, os efeitos da crise já se começam a sentir em Portugal. "Já há casos de desemprego e sub-emprego com salários mais baixos, por causa da paragem brusca da actividade de construção e com empresas a fechar" , sublinha Pedro Lourtie, professor do Instituto Superior Técnico, que coordena o relatório "Atrair estudantes para ciência, tecnologia e engenharia" do projecto Attract.
Este projecto foi criado por oito das melhores escolas europeias para atrair mais estudantes para as áreas de engenharia e tecnologias. Entrar num curso de engenharia ou tecnologia é abrir as portas para uma carreira internacional. "Quando não há emprego em Portugal, há sempre hipóteses no estrangeiro".
Ser engenheiro é uma profissão global que "abre a possibilidade de poder trabalhar em todo o mundo", afirma Mats Hanson da KTH na Suécia. Até porque "o inglês é a língua oficial dos engenheiros", sublinha.
Oportunidades
Um salário limpo de dois mil euros, mais carro, telemóvel e computador. São estas as condições oferecidas a um diplomado em engenharia na Bélgica,em início de carreira. E a progressão salarial é muito rápida, garante Ludo Froyen, director da Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. Esta escola quer aumentar em cerca de 30% os estudantes nos seus cursos e está a convidar estudantes portugueses a frequentar o 2º ciclo. Se vierem do IST entram sem qualquer limitação. Neste momento, já há 25% de estudantes estrangeiros neste nível de ensino, mas gostariam de ter mais. A propina é de 600 euros por ano, mais baixa que a cobrada em Portugal. A maioria dos estudantes consegue emprego mesmo antes de terminar o curso.
Fonte: Diário Económico
http://economico.sapo.pt/noticias/belgica-procura-portugueses-para-oito-mil-empregos_142589.html
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