18.3.13

Casa

Minha doce casa que me recebes tão bem...
Era tudo quando ela me dizia "bem vindo a casa" numa voz bem calma
Acabado de entrar pensava como reconforta a alma
Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado
E de repente, era assim do nada, como um ser iluminado
Tudo fazia sentido, respirar fazia sentido
Andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido
Era isto que realmente importava não qualquer outro tipo de quantificação
Não o que se ganhava, não o que diziam de nós, não não não
Um novo carro, uma boa poupança, nem sequer a família ou a tal aliança
Nada, apenas duas palavras, um artigo formavam resposta universal
A minha pedra filosofal, seguia pra dentro do nosso pequeno universo
Um pouco disperso, pronto, disponível para ser submerso
Naquele mar de temperatura amena que a minha pequena abria para mim
Sempre tranquila e serena

Tento ter a força pra levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nem no que há razoes para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta, eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Como queremos nós ter um sorriso maior

Bem vindo a casa dizia quando saia de dentro dela
Bonito paradoxo inventado por aquela dama bela
Em dias que o tempo parou, gravou, dançou
Não tou capaz de ir atrás mas vou porque isso
Trapalhão perdi a chave nem sei o meu caminho
Nestes dias difusos em que ando sozinho, definho
à procura de uma casa nova do caixão até à cova
O percurso é duro em toda linha sempre à prova

Tento ter a força pra levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nem no que há razoes para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta, eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Como queremos nós ter um sorriso maior

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido
De desculpas, de socorro, de abrigo, não consigo
Ver uma razão para continuar a viver sem a felicidade do meu lado
Da minha, casa doce casa, já ouviram falar?
É o refugio de uma mulher que Deus ousou criar
Com o simples e único propósito, de me abrigar
Não vejo a hora de voltar lá para dentro, faz frio cá fora
Faz tanto frio cá fora, que eu já, não vejo a hora

Tento ter a força pra levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nem no que há razoes para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta, eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Como queremos nós ter um sorriso maior

6 comments:

Liz said...

There´s no place like home ;)

A Bomboca Mais Gostosa said...

Adoro essa música.
E também a ouvi muito no fim de uma relação. Acho que a música tem tudo a ver com isso.

Passion Addicted said...

Eu adoro Da Weasel e tenho pena que o Pacman e o Virgul se tenham chateado e acabado a banda. Eram uma lufada de ar fresco em Portugal, este país pequenino e retrógrado... E esta música a mim não lembra o fim de uma relação. Faz pensar que amanhã pode ser melhor do que foi ontem :)

Beijinhos à noiva ;)

Passion Addicted said...

Liz, you're sooooooo right!

teardrop said...

Gosto muito, dessa música e de Da Weasel também :)

Passion Addicted said...

Da Weasel é do melhor... :)

 
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